A Academia das Ciências da Califórnia, envolvendo mais de uma dúzia dos seus investigadores e várias dúzias de colaboradores internacionais, tem descoberto, nos últimos anos, mais cem novas espécies por ano. Este ano não foi excepção: 137 novas espécies, incluindo 83 artrópodes, 41 peixes, sete plantas, um réptil e um anfíbio. Os espécimenes vão desde três novos gobídios (peixe), Eviota notata e E. springeri do Oceano Índico e E. fallax do Oceano Pacífico, que estavam em colecções de museu há mais de 30 anos (Zootaxa), à aranha Trogloraptor marchingtoni, descoberta há dois anos (Zookeys), numa caverna no Estado de Oregon nos EUA, e que constitui não só um novo género e espécie, mas uma nova família (Trogloraptoridae), caracterizada pelas suas enormes pinças.
Perto das Galápagos, a cerca de 500 metros de profundidade, foi encontrado uma nova espécie de tubarão, com cerca de trinta centímetros de comprimento : Bythaelurus giddingsi.
Mas um trabalho, devido à sua envergadura, merece destaque: em Junho foi publicado um trabalho sobre os peixes de recife de coral das ‘Índias Orientais”, «Reef Fishes of the East Indies», da co-autoria de Mark Erdmann, uma obra de três volumes cobrindo as regiões do Sul da China, Mar de Andaman, e o Triângulo de Coral – a região entre as Filipinas, Bornéu e Nova Guiné, considerado um centro de biodiversidade – e com informação sobre mais de dois mil e quinhentos peixes de recife de coral, incluindo 25 espécies novas.